Cansaço!


Fecho os olhos, a noite vai longa, e o cansaço apodera-se do meu corpo. Ali, deitada no escuro, de olhos fechados, a minha mente parece querer libertar-se do corpo, como se também ela estivesse canada desta pequena prisão onde vive há imensos anos.

Sinto-me levitar, com se fosse provida de asas, elevo-me no ar e vijo em baixo o corpo abandonado sobre a cama. Os meus sentidos focam-se agora no cominho que pretendo percorrer, olho para o céu escuro, pontilhado de pequenas luzes e escolho um.

A uma velocidade inimaginável sou transportada pelo espaço fora, cruzado-me com planetas e estrelas, galáxicas e buracos negros, numa viagem fantástica, numa corrida louca, numa fuga apertada è trivialidade de um quotidiano, amarrada pela força da gravidade a uma terra que nada me diz, a uma vida que nada me trás, a um rumo sem destino. Fujo, não só pelo cansaço, mas também pelo curiosidade, para um galáxia distante, onde os mundos são, completamente irreais e as pessoas não existem.

Procuro vagamente o isolamento, numa travessia do deserto da vida, como que de uma purga se tratasse, um terapia.

O meu corpo, acompanha as batidas do relógio com as pancadas do coração que irriga toda a àrea, faz imóvel e tranquilo, vazio e abandonado, enquanto o meu espírito, no seu refúgio se encerra, e descansa de mais um dia, que apenas de ofereceu breves minutos para sonhar...

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