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A mostrar mensagens de maio, 2010

O homem, de Sophia de Mello Breyner

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Era uma tarde de fim de Novembro, cerca de 4 h de um dia sem chuva nem sol. Eu caminhava no passeio depressa, a certa altura encontrei-me atrás d'um homem pobremente vestido que levava ao colo uma criança loira, cuja beleza não se pode descrever. Passei á frente levada pelo movimento das pessoas, mas ao passar olhei para trás, o homem era extremamente belo por volta dos 30 anos com o corpo comido pela fome, a cara mostrava o belo desenho dos ossos e tinha olhos de solidão e de doçura . Nesse momento o homem levantou a cabeça para o Céu Como contar o seu gesto? A sua cara escorria sofrimento; Tinha uma expressão de resignação e de pergunta; Caminhava muito lentamente do lado de dentro do passeio e muito direito; Com a cabeça levantada olhava o Céu; Mas o céu era silêncio! O que fazer? Era como nos sonhos que queremos agir e não podemos, tinha as mãos atadas, a sua solidão separava-o de mim, sentia a cidade empurrar-me e separar-me do homem, não sabia o que fazer. Tinha a alma e

Há momentos...

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Hoje, enquanto passeava pelas rua do funchal reparei o quanto o funchal era lindo, o quanto temos sorte de viver numa ilha assim. As árvores tinham flores que por vezes caiam como um carinho a cair sobre terra, os pássaros cantavam de alegria, as pessoas andavam, corriam, conversavam, simplesmente faziam a sua rotina. Quando cheguei junto ao mar, pensei também na beleza que havia fora da ilha, o fundo do mar! Muitas vezes reparamos que tudo é bonito, que tudo tem a sua beleza, que lá no fundo tudo, tudo é bonito. Mas muitas vezes não damos valor aquilo que é mais bonito e importante, o que precisa de ser bonito e importante banalizamos e só damos importância quando percebemos que estamos a perder essa coisa MUITO bonita e MUITO importante. Por isso hoje enquanto passeava, pensei que tudo aquilo que por vezes penso que é um obrigação, ou um dever tenho de perceber que é importante e tentar encontrar a beleza e a importância. Já alguém dizia "Só damos valor aquilo que gostamos quand